sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O texto mais perfeito que já fiiz! =D


                
Tu eras o típico homem que sentia demais e dizia de menos, enquanto eu era a típica menina que me aquietava tentando sufocar todo meu sentir e passava batom vermelho para me fingir de mulher quando passavas. Entrastes em minha vida à passos lentos, de fininho, quase sem deixar rastro no assoalho, e em pouco tempo já via marcas de mãos na parede, meias jogadas no cesto e sua camisa favorita esquecida no abajur ao lado do sofá. Eu, menina que se maquiava de mulher sempre que estavas a caminho, desistira de tentar enfeitar-me para disfarçar as lágrimas vendo um animal ferido ou adoração por algodão doce. E você deixou de se esconder em sua cara de brabo que dizia não-me-importo-com-isso, e passou a usar aquela cara de você-faz-isso-só-pra-implicar que tanto me faz rir e te abraçar dizendo que se não fosses exatamente como sou, não virias. A chegada que deveria ser de mais um me visita e depois vai embora porque não tem mais chá gelado, ou o café acabou, ou qualquer desculpa que inventam para fugir da minha casa e nunca mais aparecer - tornou-se a chegada de quem mudaria a minha vida. 

Algumas tardes me pego pensando nos motivos para aceitar sua entrada sem mais nem menos em minha casa. Em dias tristes, penso que foi desespero. Já nos dias alegres, penso que meu sexto sentido - como sempre - indicou que era alguém especial. Mas nos dias em que estás presentes, penso que fora o destino, e nada mais poderia fazer além de permitir entrar na casa que era tua desde muito antes de me conhecer. Eu sinto aqueles braços capazes de aquietar minha alma, vejo aqueles olhos que me pedem carinho tão inocentemente, e sinto aquele cheiro capaz de me acelerar o peito, e penso que algo de muito bom fiz nessa vida para encontrar-te em meu caminho. De todos os laços rompidos, cartas queimadas, noites de sexta perdida na ânsia de encontrar alguém minimamente perto de sua perfeita imperfeição, você chegou. Chegou e te quis. Te quis e me quiseste de volta.

Não disseste palavra alguma que me prometesse eternidade, parentesco ou viagens até a lua, mas me fizeste sentir que tudo o que sentia era recíproco, o que por si só, já me levava aos ares. Não fizemos planos à meia luz, mas sei que estou em todos os teus, como estás nos meus. Eu sei que toda a minha lágrima será limpada pelos seus dedos trêmulos de preocupação, assim como sabes que toda sua angústia será sufocada em meu abraço com todo o carinho do mundo. Deixamos para o destino decidir o que fazer conosco. Enquanto ele pensa, nós nos amamos e nos queremos. Você me ensinou da forma mais sorridente e cheia de suspiros que amar é sorrir. E quando me disseste no meio da noite “sussurra o que te faz sorrir”, falei teu nome em voz baixa e sonolenta. Senti seu sorriso iluminar o quarto, e soube que era a resposta certa.Gabriela Santarosa 
Tu eras o típico homem que sentia demais e dizia de menos, enquanto eu era a típica menina que me aquietava tentando sufocar todo meu sentir e passava batom vermelho para me fingir de mulher quando passavas. Entrastes em minha vida à passos lentos, de fininho, quase sem deixar rastro no assoalho, e em pouco tempo já via marcas de mãos na parede, meias jogadas no cesto e sua camisa favorita esquecida no abajur ao lado do sofá. Eu, menina que se maquiava de mulher sempre que estavas a caminho, desistira de tentar enfeitar-me para disfarçar as lágrimas vendo um animal ferido ou adoração por algodão doce. E você deixou de se esconder em sua cara de brabo que dizia não-me-importo-com-isso, e passou a usar aquela cara de você-faz-isso-só-pra-implicar que tanto me faz rir e te abraçar dizendo que se não fosses exatamente como sou, não virias. A chegada que deveria ser de mais um me visita e depois vai embora porque não tem mais chá gelado, ou o café acabou, ou qualquer desculpa que inventam para fugir da minha casa e nunca mais aparecer - tornou-se a chegada de quem mudaria a minha vida. 
Algumas tardes me pego pensando nos motivos para aceitar sua entrada sem mais nem menos em minha casa. Em dias tristes, penso que foi desespero. Já nos dias alegres, penso que meu sexto sentido - como sempre - indicou que era alguém especial. Mas nos dias em que estás presentes, penso que fora o destino, e nada mais poderia fazer além de permitir entrar na casa que era tua desde muito antes de me conhecer. Eu sinto aqueles braços capazes de aquietar minha alma, vejo aqueles olhos que me pedem carinho tão inocentemente, e sinto aquele cheiro capaz de me acelerar o peito, e penso que algo de muito bom fiz nessa vida para encontrar-te em meu caminho. De todos os laços rompidos, cartas queimadas, noites de sexta perdida na ânsia de encontrar alguém minimamente perto de sua perfeita imperfeição, você chegou. Chegou e te quis. Te quis e me quiseste de volta.
Não disseste palavra alguma que me prometesse eternidade, parentesco ou viagens até a lua, mas me fizeste sentir que tudo o que sentia era recíproco, o que por si só, já me levava aos ares. Não fizemos planos à meia luz, mas sei que estou em todos os teus, como estás nos meus. Eu sei que toda a minha lágrima será limpada pelos seus dedos trêmulos de preocupação, assim como sabes que toda sua angústia será sufocada em meu abraço com todo o carinho do mundo. Deixamos para o destino decidir o que fazer conosco. Enquanto ele pensa, nós nos amamos e nos queremos. Você me ensinou da forma mais sorridente e cheia de suspiros que amar é sorrir. E quando me disseste no meio da noite “sussurra o que te faz sorrir”, falei teu nome em voz baixa e sonolenta. Senti seu sorriso iluminar o quarto, e soube que era a resposta certa.

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